Presentes desde a primeira aparição do homem na terra, as lutas, artes marciais e esportes de combate estiveram presentes em todas as eras da humanidade.

Vale lembrar que podemos lembrar delas em vários filmes, séries ou desenhos, como: Karatê Kid, Rock, O Último Samurai, Os 300 Espartas, Cobra Kai, Kung Fu e Kung Fu Panda.

Mas precisamos conhecer mais um pouco de cada uma, para que tenhamos um melhor entendimento sobre elas, assim convido-os para esta jornada de conhecimento.

Vamos começar com as lutas, que é uma das mais antigas formas de combate, tem sua origem na pré-história, onde os homens a utilizavam para sobrevivência, busca de alimentos, defesa de seu território e para reprodução.

Assim, o termo luta, vem do latim e pode ser identificada como um combate entre duas ou mais pessoas, com ou sem uso de armas.

Em minhas pesquisas prefiro aderir ao termo que compreende a luta como sendo uma ação de movimentos de ataque e defesa, contra pessoas ou animais de forma intencional ou não.

Continuando nossa jornada, na evolução da humanidade, vemos que o homem acaba querendo expandir e conhecer novos locais, assim damos este nome ao processo de migrações, onde o homem saiu da região da África e se redistribui pelo planeta.

Dessa forma o homem que era nômade, começa a se fixar na terra, tirando seu alimento e criando animais. Surge então a necessidade de proteger este local agora e expandir e acumular riquezas em outras regiões e civilizações.

Surge então as artes marciais, que tem uma formação militar, sendo sua origem do latim, que significa ars (técnica) e martiale (Deus marte), que são técnicas com disciplina física e mental, sistematizadas em ataque e defesa que foram ainda incorporadas nas sociedades por meio religioso, político, cultural, filosófico e de prática esportiva.

Existem nas artes marciais os fundamentos, técnicas e características que são diferentes de acordo com o tipo de arte marcial.

Assim, na visão de Drigo1, temos que artes marciais são disciplinas físicas e mentais codificadas em diferentes graus, que têm como objetivo principal o desenvolvimento de seus praticantes na sua total integridade. Elas estão divididas em orientais e ocidentais, tendo como ideia as orientais sendo as mais antigas e que tiveram sua origem no oriente e as ocidentais as novas ou adaptadas. Como exemplo temos:

  • Oriente: Karatê, Judô, Aikido, Kung Fu, Muay Tai, Taekwondo, Sumo e Lutas associadas.
  • Ocidentais: Capoeira, Boxe, Jiu Jitsu Brasileiro, Full Contact.

Já Correia e Franchini2 definem também o termo modalidades esportivas de combate como uma configuração das práticas de lutas, das artes marciais e dos sistemas de combate sistematizados em manifestações culturais modernas, orientadas pelas instituições desportivas. Em comum, as lutas, as modalidades esportivas de combate e as artes marciais possuem um universo amplo de manifestações antropológicas de natureza multidimensional e complexa.

Nos Jogos Olímpicos, temos em disputa que foi realizada no Japão em 2021, apenas 06 modalidades esportivas de combate que fazem parte do circuito olímpico, são elas: judô, boxe, esgrima, taekwondo, lutas associadas e karatê.

Vale lembrar que sua prática para atingir os objetivos de ensino e aprendizagem é recomendada através de um profissional capacitado sendo formado em educação física ou estar filiado a uma entidade do tipo da modalidade a nível estadual, nacional e internacional.

Descrevemos alguns dos benefícios que as lutas, artes marciais e esportes de combate podem trazer ao praticante, além do que estudos prévios realizados por Conant3; Vando4; Alesi5 e Padulo6 mostraram que elas podem ser ferramentas efetivas para aumentar a força muscular, equilíbrio, flexibilidade, desenvolver a função cognitiva, a autoestima, o respeito próprio, defesa pessoal, competitividade esportiva e a autoconsciência.

Notas

1 Drigo, A. J. et al. A Educação física e as artes marciais. Revista CREF4/SP - p. 25 - 26, dez. 2005.
2 Correia, W. R.; Franchini, E. Produção acadêmica em lutas, artes marciais e esportes de combate. Motriz. Rio Claro, v. 16, n. 1, p. 01 – 09, 2010.
3 Conant, K. D., et al. A karate program for improving self-concept and quality of life in childhood epilepsy: Results of a pilot study. Epilepsy & Behavior, v. 12, n. 1, p. 61-65, jan. 2008.
4 Vando, S. et al. Postural adaptations in preadolescent karate athletes due to a one week karate training camp. Journal of Human Kinetics, v. 38, n. 1, p. 45-52, out.2013.
5 Alesi, M., et al. Desenvolvimento motor e cognitivo: o papel do karatê. Jornal de músculos, ligamentos e tendões. v. 4, n. 2, pág. 114, jul. 2014.
6 Padulo, J et al. The effects of one-week training camp on motor skills in Karate kids. Journal of sports medicine and physical fitness. v. 54, n. 6, p. 715-724, mar. 2014.