O design e a arte são paixões. Áreas de pesquisa constante de gosto pelas texturas e padrões pela histórias das peças e das marcas que os criam. Mas na ténue linha que separa o gosto pelo design e o consumismo em massa, como podemos distinguir estas duas realidade?

A meu ver, as pessoas das áreas ligadas á moda, ás artes aos design (etc..) tem uma capacidade atroz de pensar de forma criativa, de dar um novo propósito e de construir do nada algo fabuloso; mas numa sociedade consumista à beira de uma depressão económica a palavra ‘’comprar’’ passou a ter um significado poderoso.

Se antigamente os bons artistas/designer/fashionistas tinham e usavam marcas de luxo, nomes antigos onde o preço elevado cobre não só os materiais de excelência bem como os acabamentos imaculados e os design à vangard, hoje a história é outra. Hoje as grandes casas sentem cada vez mais que o individuo criativo tem em si a capacidade de transformar um espaço simples num casa muito cool, ou de se vestirem de forma única sem gastar dinheiro ou usar marcas de luxo.

As grandes marcas sentem a falta do comprador que quer ter esta e aquela peça com o nome x e o designer y.

No turbilhão da economia actual, as pessoas passaram de seres compradores a seres criadores; a internet deixou de ser ponte para as lojas e passou a ser (também) via de investigação para fenómenos de DYI (Do it your self), aos quais a sociedade esta rendida.

Marcas como Ikea e Zara são hoje mecas obrigatórias para estes clientes que sentem agora o poder dos seu lado, poder para criar serem originais, para combinarem peças de luxo com projectos manuais feitos em casa; e estas tais lojas que eram no passado vistas como lojas básicas, crescem com o publico dando lhes cada vez mais originalidade e no caso do Ikea, dando ao publico o que eles mais gostam : poder de decisão, sentido de controle sobre o produto e acima de tudo uma variedade de peças ‘’semelhantes’’ a peças de alto design.

Podemos concluir então que na revolução económica actual vence a criatividade de quem passa a frente do consumismo e se torna independente das ‘’modas’’ e ‘’tendências’’. Vencem as lojas independentes que cultivam a proactividade e motivam nos a recriar mais e mais.