Luz e a busca pela diversidade e pelo experimental. É com base nesses preceitos que o trabalho do fotógrafo Henrik Knudsen é reconhecido e admirado não só pelos entendidos em fotografia, como também pelos amantes da arte em geral. Knudsen é um fotógrafo experimental que se utiliza das mais diversas e atípicas técnicas de iluminação como forma de criar o seu próprio estilo. Através do seu trabalho demonstra vasto conhecimento técnico, o que resulta em imagens extraordinariamente originais. A temática das suas fotografias, frequentemente, enfoca áreas urbanas, edifícios e extensas paisagens, sendo as mesmas amplas e em alta resolução.

Nascido na Dinamarca em Novembro de 1967, o fotógrafo tem uma formação profissional bastante eclética, estudou ciências da computação e matemática antes de decidir trabalhar com fotografia. Em 1991, formou-se em fotografia e, na sequência, se mudou para Londres. A sua educação prévia no campo tecnológico, elucida o seu domínio e constante utilização de novas tecnologias no exercício do seu trabalho como fotógrafo. Quando não está trabalhando para editoriais e propagandas, se dedica aos seus projetos pessoais ao redor do mundo.

Os locais e cenários de suas fotos são os seus principais protagonistas, tendo as pessoas como coadjuvantes. Por outro lado, seus papéis ganham um destaque especial perante cenários tão imensos e singulares. Suas fotografias possuem um enredo que nos é contado pela luz. A luz é o foco, sua principal ferramenta de trabalho, e ele a utiliza como poucos.

Para um fotógrafo, conhecer e dominar as técnicas de iluminação é algo essencial na busca por excelência. No entanto, Knudsen faz uso da luz como um ponto de fuga, o olhar do observador é involuntariamente direcionado para o seu foco de luz. No seu projeto chamado “On Location”, no qual o autor retrata como estão as locações de filmes famosos nos dias de hoje, é possível notar como o fotógrafo utiliza a luz como um instrumento de orientação do olhar. Mas a luz não apenas orienta como ajuda a contar uma estória. Muitos dos seus projetos tem como essência o conceito de experimentação com fontes de luz. Seja em ambientes escuros, iluminados por pontuais fontes de luz, seja em ambientes ao ar livre com luz natural e poucas sombras, é notável a narrativa tecida pelos seus protagonistas e coadjuvantes.

É perceptível em seu trabalho uma certa influência cinematográfica. Ela se torna presente pela narrativa das estórias através das imagens, pela escolha da perspectiva, do enquadramento, e sobretudo, pela iluminação. Assim sendo, muitos dos cenários de suas fotos foram montados, o que não diminui em absoluto a capacidade de emocionar de suas imagens. Como em qualquer filme, o mais importante é a estória.

Atualmente, o fotógrafo divide o seu tempo entre Londres e Nova Iorque. Contudo, muitos dos seus projetos o levam a trabalhar em países diferentes, com culturas diferentes, com perspectivas diferentes. A sua escolha por projetos originais e variados é perceptível, porém o que salta aos olhos de qualquer observador ao analisar as suas fotos, é a sua constante e inegável busca por aquele momento, pela luz perfeita.