Algumas semanas atrás a população acordou pela manhã com uma notícia que assombrava os lares de cada cidadão do mundo. A notícia não trazia as consequências da crise econômica mundial que estamos vivendo nesta Era, tampouco a migração de refugiados da Síria para os países da Europa. O mais novo pandemônio que está assustando a população mundial atualmente está presente nas refeições diárias daqueles que não estão inseridos na categoria dos vegetarianos.

Nestas notícias que foram transmitidas através dos telejornais, dos jornais, de revistas e principalmente na internet, os habitantes estavam sendo alertados que a OMS – a Organização Mundial da Saúde – incluiu as carnes processadas como bacon, presunto e linguiça na lista dos alimentos mais perigosos, responsáveis pelo aumento do índice de formação de câncer. E para piorar, não fora somente ás carnes processadas. A tradicional carne vermelha também foi incluída nesta lista.

E como de costume, a maioria das pessoas que absorvem este tipo de notícia foca sua atenção somente para os ramos da informação, e deixam de buscar a fonte do problema nas raízes, principal motivo que está levando este alimento consumido diariamente pela maioria dos cidadãos a transmitir uma doença que ainda se sabe muito pouco. E a pergunta mais importante: por que?

A medicina tradicional alega que ainda não possui conclusões definitivas sobre as origens da formação dos diversos tipos de câncer, entretanto, é possível encontrarmos um fundamento bem convincente em outras vertentes, como a antiga medicina chinesa, que alega que nosso corpo está conectado como um todo e que nossos sentimentos trabalham junto e influenciam todo nosso metabolismo, através da liberação de substâncias ainda pouco conhecidas.

Pesquisas realizadas dentro de estudos sobre o assunto demonstram que a maioria dos homens que desenvolveram o câncer de próstata quando jovens eram homens que retraiam seus sentimentos para não expor o que sentiam internamente devido aos seus motivos ideológicos pessoais. Pessoas que desenvolvem o câncer de garganta são pessoas que muitas vezes não conseguem dizer o que pensam em diversos momentos, seja por submissão ou por vergonha perante a situação.

Além destes sentimentos reprimidos, o stress diário que sofremos devido a ambientes enclausurados também afeta nosso organismo através da geração de radicais livres que são responsáveis pela manifestação de doenças e envelhecimento precoce, como por exemplo, engarrafamentos no trânsito ou viagens em companhias aéreas onde o espaço para se acomodar é muito pequeno. E se o stress causado por confinamento em locais com espaço limitado pode alterar todo nosso metabolismo, então, o que nos faz pensar que com os animais seria diferente? Nas fábricas “produtoras” de carne hoje, os animais são confinados e enclausurados em um espaço limitadíssimo, onde mal possuem capacidade de se locomover. No caso do porco, os animais são criados em cativeiro amontoados um ao lado do outro, e abatidos com uma violência tremenda que se observássemos possivelmente iria nos fazer refletir sobre nosso consumo de carne diário.

Nesta linha de raciocínio, é possível deduzir que o câncer transmitido a nós pela carne que consumismo diariamente esteja ligado aos sentimentos de stress que os animais sofrem durante sua criação e no momento em que são abatidos. Pois devido á forma brutal como agem as fábricas dos diversos tipos de carne, toda química que o animal libera em seu corpo durante o desenvolvimento e no momento da morte permanece ali, armazenada em seus músculos, tecidos, e consequentemente, na sua carne, tornando impossível a extração por se tratar de substâncias que além de desconhecidas, são injetadas diretamente no interior das células através da corrente sanguínea.

Caso você seja uma daquelas pessoas incrédulas nos conhecimentos holísticos, e que aceita somente o que a Ciência e a medicina tradicional tem de fato à oferecer ao mundo, então podemos tomar uma outra linha de raciocínio. É possível que o câncer que está sendo transmitido e desenvolvido através do consumo da carne esteja ligado as más condições de desenvolvimento do animal, e devido as alterações genéticas que poucos sabem a respeito.

Quando falamos em manipulação genética de animais, a maioria dos cidadãos lembra apenas da famosa ovelha Dolly, primeiro animal clonado nos anos 90 que virou uma celebridade mundial, e acreditam que todo experimento tenha parado por ali por não observamos mais notícias relacionadas ao assunto nas grandes mídias. Entretanto, o que poucos, e quando digo poucos estou me referindo a muito poucos mesmo, é que á maioria dos animais que são abatidos para consumo hoje no mundo sofreram alguma manipulação genética, e consequentemente, seu meio de sobrevivência natural foi afetado.

Os porcos de antigamente, matéria-prima de carnes como bacon, presunto e linguiça, eram alimentados com lavagem, assim como o gado era alimentado com pasto. Hoje, estes animais foram manipulados geneticamente para que comam apenas a ração fornecida pelas grandes empresas “produtoras” de carnes. E mesmo que você tente alimentar com a tradicional lavagem ou o pasto, mesmo este sendo o alimento primário destas criaturas, ocorre uma rejeição por parte do animal porque seu código genético foi alterado para que ele alimenta-se apenas com a ração. E como a ração é fraca e não possui todos os nutrientes necessários para suprir as necessidades básicas do corpo do animal, acaba por enfraquecer seu organismo.

E nem mesmo os peixes estão a salvo. Na América do Sul, por exemplo, são raríssimas as pessoas que conseguem comprar salmão nos supermercados, pois o que é produzido lá sob o nome de salmão na verdade é uma truta salmonada criada em cativeiro. A truta também recebe uma ração como alimento junto com um corante alaranjado, que lhe garante a mesma aparência de um salmão. E somente os paladares mais apurados como os de chef’s de cozinha conseguem identificar a diferença de um para o outro.

Nesta linha de raciocínio podemos deduzir que o câncer que esta sendo transmitido através das carnes esteja diretamente ligado á manipulação do código genético do animal, visto que não existem estudos á longo prazo para determinar quais são as consequências e o impacto que este tipo de alteração terá sobre a sociedade. Em conjunto com a ração que está sendo fornecida aos animais, pois se a ração não possui os nutrientes necessários para suprir a necessidade do animal, logo, ao ingerirmos a carne, esta também não estaria em condições para suprir nossas necessidades.

É possível que a resposta para este novo pandemônio esteja na região de Kobe, no Japão. A carne de Kobe é considerada pelos chefs de cozinha como a carne mais nobre e mais macia de todo o mundo. Em Kobe, o gado é literalmente tratado com mimos e gentilezas, recebendo pasto da melhor qualidade, saquê, música clássica e até mesmo massagens feitas pelos trabalhadores da região. E não existe abatimento. O gado somente é enviado para o corte quando este morre de causas naturais, evitando assim todo o stress que é provocado por tal situação. E caso o sabor e a textura desta carne tenha chamado a sua atenção, você pode provar um hambúrguer de carne de Kobe nos mais luxuosos hotéis de Las Vegas por uma quantia modesta de “apenas” dois mil dólares, acompanhado de batatas-fritas e refrigerante.

A região de Kobe poderia ser a resposta para que todos os consumidores de carne no planeta não precisem mais se preocupar com a formação de câncer ao ingerir este alimento, entretanto, devido ao elevado número de cidadãos que diariamente necessitam deste complemento em sua dieta diária, seria praticamente impossível suprir a demanda mundial com as técnicas de Kobe, pois a cada dia torna-se evidente que cada vez mais é necessário o abatimento de mais e mais animais ao redor do mundo, colocando os consumidores de carne em um ciclo vicioso, onde o aumento da necessidade do consumo de carne será proporcional ao aumento do índice da formação de câncer nos consumidores.