Na Colômbia chamam a atenção dos turistas, reproduzidos como dois símbolos do país: a Catedral de Sal, numa gruta que também funciona como mina e o café produzido em Fusagasugá.

É um dos pontos turísticos mais espetaculares da Colômbia: A Catedral de Sal de Zipaquirá, cidade a 47km da capital, Bogotá. Declarado em 2007 a primeira maravilha do país, o túnel da Catedral de sal, de aproximadamente 1,3km, está localizado numa reserva natural de 32 hectares. O templo que pode ser visitado atualmente, construído entre 1992 e 1994, substituiu o antigo, fechado por conta de problemas estruturais.

No fim da via-sacra, chega-se à nave central, com uma cruz de 16 metros e uma reprodução talhada em mármore da criação do homem, em homenagem a Michelângelo. “A catedral é muito simbólica, abstrata, mas não perde a essência mineira e religiosa”, destaca a guia turística Ana Constanza Urrego Jiménez.

Durante a tour, o visitante observa o fruto do trabalho dos mineiros que participaram na construção da catedral. Ao longo do túnel, cuja profundidade chega a 180 metros, é possível observar até os furos feitos pelos trabalhadores para colocar explosivos e abrir o caminho entre a entrada da Catedral e o templo religioso.

Outro detalhe interessante na parede é a imagem que homenageia o menino Jesus, na pequena escultura de roupinha rosa. Ela foi instalada ali a pedido do engenheiro Jorge Castelblanco, que dirigiu a construção da segunda catedral. Em 1993, ele fez essa ação de graças por acreditar que a sua fé tinha curado seu filho.

No fim do percurso, o visitante tem mais uma surpresa ao deparar com o Espelho d’Água, uma câmara em que a água, em contacto com a rocha salina, cria um efeito óptico e forma um espelho de 80 metros quadrados.

Aventura
Na Catedral, é possível assistir a um filme projetado em 3D que conta de forma didática a história da Catedral de Sal de Zipaquirá, desde a formação geológica. Há também o auditório subterrâneo, com capacidade para 256 pessoas, onde podem ser realizados eventos sociais ou corporativos. O palco abriga até 45 artistas.

Do lado de fora, há um muro de escalada com altura de 17 metros. Ele suporta até 10 pessoas ao mesmo tempo, em seis diferentes rotas. Uma delas foi desenhada especialmente para as crianças. As outras são para todos os tipos de escaladores, desde os iniciantes até os avançados. Há trechos cuja inclinação chega a quase 90 graus, destinados a pessoas com mais experiência.

E, para quem, na caminhada, sentiu o efeito dos 1,6 mil metros acima do mar, nada melhor do que terminar o passeio com um delicioso café colombiano, na saída da Catedral. O moka chocolate, por exemplo, feito com café, chocolate e leite, cerca de R$ 5.

Sal e ouro
O nome Zipaquirá refere-se a Zipa, cacique da comunidade dos muiscas, considerado senhor absoluto das ricas minas de sal. Estudos indicam que o povo indígena habitou a região onde atualmente está a Colômbia desde o século VI A.C., deixando traços na cultura local. Os hieróglifos deixados pelos pré-colombianos até hoje dão origem a questionamentos sobre essas sociedades. “Zipá é considerado um senhor muito importante. Um dos marcos foi o fato de ele usar sal nas negociações comerciais em troca de ouro”, explica o guia turístico,
Alvaro Castañeda.