Portugal é dos países mais pequenos do mundo (cerca de 92 200kms 2) mas com uma maior diversidade paisagística, cultural, gastronómica e climática em todo o mundo. Tendo em conta a sua dimensão, não esquecer.

Portugal tem belíssimas praias para surf, para famílias sejam no mar, no litoral e sul, sejam no interior como as praias fluviais. Aconselha-se um partir à descoberta por este belo país. Existem várias estradas e autoestradas que nos transportam facilmente de norte a sul de Portugal, quiçá em modo exploratório percorrer o país numa autocaravana. Sendo que assim aos pouco e poucos conseguimos descobrir este belo país, sugerindo-se a Estrada Nacional 2 se quisermos usar o interior do país para a sua descoberta, ou usar as estradas mais no litoral. Várias opções estão disponíveis, não esquecendo o transporte aéreo e o comboio, assim como os autocarros que operam várias rotas, via Lisboa, Porto e Coimbra.

Mas sem querer perder-nos nesta descrição, a verdade é que no sul do país somos presenteados por belas praias, sendo que por aqui o clima é mais ameno, mais quente, com menos probabilidades de chuvas e ventos. Assim, sendo o Algarve e o Alentejo completam quase a metade territorial deste país e além das praias famosas (as algarvias com as suas águas quentes, a da Comporta muito afamada e explorada pelas elites mundiais) e seus resorts, existem parque nacionais como o parque da costa vicentina e da serra de São Mamede, ou a serra de Monchique.

Os amantes do golf encontram aqui um verdadeiro paraíso também, assim como tratamentos de saúde se assim o desejarem. São zonas seguras, pelo que trazer a família e as crianças acabam por ser brindadas com várias atividades para as mesmas, via mar, parques de animais, parques temáticos, aquáticos, entre outros. Basta procurar a informação que está facilmente ao alcance de cada um.

Subindo mais no país acabamos por chegar à capital do país, rica na sua oferta a nível de alojamento, monumento culturais, movida, museus e excelentes restaurantes. É uma cidade de luz autêntica, acho que mesmo o que a distingue é sua luz natural. Os miradouros são por isso locais a não perder, visitar as zonas históricas e bairros dentro do seu castelo e fora, os mais tradicionais e mais antigos. Esta cidade é toda ela um autêntico postal. Do meu ponto de vista os pontos mais antigos, para quem gosta de caminhar, são facilmente alcançáveis. Contudo existem autocarros, os famosos elétricos (principalmente o 28), e o metro que percorre todas as zonas da capital.

Não esquecer de visitar também a zona ribeirinha, desde as docas a Santa Apolónia, sendo atingíveis neste eixo a torre de Belém, o Maat e o mosteiros dos Jerónimos. Valem mesmo a pena visita. A zona mais recente como o Parque das Nações (onde foi efetuada a Expo 98) vale a pena pela sua envolvência moderna, o Oceanário, o Pavilhão do Conhecimento, subir à Torre Vasco da Gama para uma vista panorâmica instagramáveis…e para quem tem crianças, dar por exemplo ainda um saltinho à quinta Pedagógica dos Olivais.

Vale a pena ainda uma visita à vila encantada de Sintra, onde é aconselhado sempre levar um casaco devido ao seu microclima. É uma vila cheia de casas, casinhas, palacetes e palácios antigos e onde há ainda um castelo Mouro cheio de lendas, assim como a Quinta da Regaleira. É realmente a vila encantada com as suas charretes, parece um filme em movimento, sem dúvida.

Subindo pelo litoral chegamos à zona das praias da Ericeira, Santa Cruz, Santa Rita, Areia Branca, Super Tubos, Peniche, Baleal, Foz do Arelho, Salir do Porto (onde temos a maior duna da Europa), Foz do Arelho e Nazaré. Todas elas conhecidas pelo veraneio, algumas baías mas também excelentes praias de surf. A geografia na zona Oeste é especial e tanto forma algumas baías assim como praias com condições únicas para o surf mundial (as ondas relativas ao canhão da Nazaré são amplamente conhecidas e quebram-se recordes todos os dias).

Mas nem só de praia vive esta zona, há castelos encantados com as suas lendas e histórias, as imensas atividades únicas no castelo de Óbidos, o castelo de Ourém, o de Leiria entre outros. Transportando-nos ao interior não nos podemos esquecer da inesquecível cidade de Santarém e as histórias no Rio Tejo, as lezírias e os pescadores de rio. Por outro lado existem ainda segredos bem guardados aqui perto que valem a pena conhecer, como o Jardim do Éden próximo do Bombarral e as salinas de Rio Maior. Damos um saltinho a Fátima e a Tomar, ora pelas nossas crenças ora pelo espírito medieval e dos templários. Rico, rico é este Portugal.

Neste centro de Lés a Lés percorremos desde a zona de fronteira como Almeida, rica em história devido às invasões francesas e pelo seu forte em forma de estrela, passamos pela serra da Estrela, com neve no inverno e igualmente apetecível até no verão com as suas imensas praias fluviais com água fresca. Visitamos o museu dos lanifícios, museu do queijo e museu mineiro, entre outros. Não olvidando ao descer a Serra da Estrela, no seu percurso encontrar aldeias de xisto, visitar Piodão, essa aldeia que parece um presépio permanente.

Acabamos por desaguar no Mondego em Coimbra, essa mítica cidade universitária, e na Figueira da Foz. Um extenso areal e gastronomia de referência com o marisco e peixe, aliás como existente em toda a orla marítima. E subimos uma vez mais e paramos na Veneza portuguesa, a cidade dos canais, da ria de Aveiro, a cidade da ciência. Valem a pena as visitas variadas aos ovos moles essa tradição secular e única nesta região. Se nos encostarmos um pouco ao interior encontramos e zona da bairrada onde são produzidos espumantes únicos e continuando em linha reta continuamos pela região do Dão-Lafões, indo parar a Viseu. A cidade do palácio do gelo e plena de museus que nos voltam a reconduzir à serra da Estrela ou que nos permite subir ao Douro.

A vila de Foz Côa é paragem obrigatória para contemplar o Douro, na zona mais a leste do país onde existem pinturas rupestres e o seu museu testemunhando a permanência milenar neste país. E continuamos a percorrer o Douro para Oeste, visitando quintas e vinhedos, provando vinhos quiçá embarcar em cruzeiros por este serpentear do Douro, que ora nas suas margens nos conduzem a Arouca e aos seus famosos percursos pelas suas serras ou ao Porto, diretamente.

O Porto, porto de abrigo, porto de desembarque, frenético, moderno, antigo, orgulhoso das suas gentes, acolhedor. Casas e casinhas que parecem saídas de contos de fada na sua zona ribeirinha, a força da indústria, a elite da foz, os museus e restaurantes que servem a única francesinha. O Porto que nos distribui e faz aceder ao Minho, a cidades piscatórias, a cidades com folclore muito próprio como Viana do Castelo com a sua filigrana, as praias carregadas de iodo deste distrito, os museus recentes e aptos a toda a família, a proximidade de Ponte de Lima, vila milenar, a Caminha, à Serra do Gerês única na sua força viva da natureza (as cascatas, os garranos). A proximidade única entre todas as cidade minhotas, a jovem Braga (jovem na sua população sendo também milenar, cidade universitária, de investigação e da ciência) com a sua história, aliada à modernidade, a Vila Nova de Cerveira (vila das Artes ) e à proximidade de Monção e de Melgaço, com os seus vinhos alvarinhos únicos, cheios de sabor e tradição. Este Gerês aponta-nos ainda a sua bússola a Trás-os-Montes a partir de Montalegre e Chaves, essa cidade com monumentos romanos e belíssimas termas e que em percursos extensos nos conduzem entre Vila Real e Mirandela até Bragança. A cidade mais nordeste de Portugal, cheia de tradições, de jovens, de museus, de castelos e goza de uma tranquilidade única, acostada a Espanha. Vale a pena visitar.

Portugal é um conjunto de postais coloridos, apetecendo conhecer todos e cada lugar escondido. Há ainda tanto, mas tanto por mostrar, por dizer… Descubram-no também!