No cinema, o termo live-action quer dizer que o filme em questão é uma reprodução com atores e atrizes reais, baseado nos contos de fadas já feito em animações, assim como personagens conhecidos nas revistas em quadrinhos, ou até mesmo brinquedos como foi o caso da Barbie. Essa é uma técnica utilizada há muito tempo e que ganha cada vez mais espaço nos estúdios, quantas releituras já não tivemos de super-heróis que outrora estavam em quadrinhos e depois viraram filmes? Como não lembrar da Disney?

Estúdios Disney

A trajetória dos estúdios consagrou a si e ao gênero como sinônimos no cinema de animação dos contos de fadas ao redor do mundo. Ao falarmos de histórias de princesas e castelos, fadas e dragões, é a Disney que nos vem à mente. E com a ajuda das inovações tecnológicas, houve uma reinvenção na forma de contar estas novas versões, trazendo a magia dos livros uma vez já feitos para as telas de cinema, e começando assim a nova era dos live-actions, aproximando uma nova realidade para os telespectadores.

As releituras desses contos continuam a fazer sucesso e, recentemente, tivemos mais algumas dessas narrativas entrando para a lista, já antes adaptadas para o cinema em diferentes épocas, mas foram os estúdios de Walt Disney que se consagraram nesse formato, já tendo em suas produções as versões de Cinderela, A Bela Adormecida, A Bela e a Fera, Aladdin e mais recentemente A Pequena Sereia, entre outros que não só consolidaram o estúdio, mas o gênero de animação.

A nova era do live-action

A representação com atores é o marco de uma nova era, que leva espectadores de todo o mundo às salas de cinema. Esses filmes antes feitos apenas para crianças, levam de volta os jovens adultos a consumirem o gênero de um jeito frenético. Cada um desses remakes marcou recordes de telespectadores em suas estreias. As crianças crescidas agora estão em busca de revisitar esse lado nostálgico.

Os contos originais e os atuais veiculados pelas indústrias Disney cresceram de acordo com sua época, pois a cada ano uma nova linha de pensamento é formada com novas necessidades. A reinvenção dos discursos é a maior garantia do sucesso, não perdendo a essência mágica e cultural. Nos últimos anos as novas princesas refizeram um novo significado do que é ser princesa desde a primeira recriada por Walt Disney, que foi a Branca de Neve. As histórias começam a ser contadas por diferentes pontos de vistas, como foi o caso de Malévola, onde a vilã torna-se a protagonista.

Com a inovação e inversão do protagonismo, Malévola, foi justamente o tema de minha conclusão de curso, onde propus analisar e acompanhar o desenvolvimento da Cultura da Mídia e como seus textos midiáticos nas produções contribuíram para a reconstrução do discurso contemporâneo, sendo o cinema dos contos de fadas um dos mais populares, o que resultou na inversão de protagonista destes personagens. Tendo o enfoque da heroína vilã na versão live-action do conto que gerou tanto sucesso, buscamos desta forma, explicar as mudanças sociais que contribuíram para a reconstrução dos discursos femininos no cinema.

Neste artigo em questão quis dar enfoque ao motivo pelos quais existem tantos filmes sendo relançados e com tantos ainda por vir. Por agora já tem tantos contos em desenvolvimento, e não serão os últimos. A Disney aposta nisso para atrair a geração antiga e com o retorno financeiro que isso traz. Não há erro para o sucesso. Claro que algumas das mudanças fizeram a empresa receber inúmeras críticas. Entretanto, essa ainda segue sendo a maior aposta para seus lançamentos no cinema. Vejamos o próximo!

Assista o trailer do mais recente live-action da Disney, 'A Pequena Sereia':