Quando nos candidatamos a um trabalho, o nosso diploma e nível de educação não são os únicos fatores importantes que serão considerados para determinar se somos o candidato adequado para o trabalho em questão. As competências e experiências que trazemos na bagagem são muitas vezes mais importantes do que o curso em si. Aos olhos de quem recruta, ter o conjunto certo de competências será mais valorizado do que ter terminado a faculdade com uma média exemplar.

Enquanto que o diploma pode mostrar o nível de educação, não diz muito sobre quem somos como pessoa e como futuro colaborador.

Para sermos bem sucedidos no trabalho, precisamos de ter capacidade de comunicação, de gestão de tempo, de trabalhar em equipa, de liderança, etc. Se formos incapazes de trabalhar com uma equipa, comunicar com os colegas de trabalho, e corretamente gerir as tarefas, o diploma não terá qualquer relevância para o bom desempenho das nossas funções.

As competências demonstram experiência que a educação não consegue comprovar. Mesmo contemplando a possibilidade de progressão na carreira, em última análise serão as competências a proporcionar essa oportunidade, e não o nível de educação.

O diploma será sempre essencial, mas é importante não haver uma dedicação exclusiva ao curso, mas sim apostar na versatilidade. É fundamental ter a capacidade de como futuro colaborador, apresentar um leque de competências e aptidões que vão muito além do curso.

Se analisarmos o volume de licenciados no curso de Arquitetura que anualmente saem das faculdades, face à crise que a profissão tem enfrentado, será necessário mais do que uma boa média de final de curso para os recém licenciados se destacarem da concorrência e conquistarem o seu lugar no mundo de trabalho.

A profissão do arquiteto é por definição multifacetada. Cabe aos estudantes confrontarem-se desde cedo com esta realidade e explorarem o seu próprio percurso pela profissão: quer seja na prática projetual, fotógrafo, crítico, docente, etc. Os modos de exercício deste ofício estão-se a diversificar e a ampliar, e cada vez mais a profissão oferece um conjunto diversificado de competências que proporcionam aos arquitetos a possibilidade de explorar o mercado de trabalho de diferentes formas.

Numa realidade onde todos iniciamos o nosso percurso profissional com os mesmos princípios e a mesma base académica, cabe-nos explorar as diferentes competências que definem a profissão do arquiteto, traçar o próprio caminho e explorar os interesses pessoais e a individualidade como futuros profissionais.

E tu? Como recém licenciado, o que tens para oferecer para além do teu diploma?