Em sua nova individual na Galeria Millan, contrato social, o artista Rubens Mano expõe 17 trabalhos inéditos – entre fotografias, instalações, vídeo e objetos – que informam como certas tensões culturais, políticas e sociais materializam-se no espaço e ‘naturalizam’ determinados processos de fixação territorial.

A exposição desdobra uma pesquisa iniciada em outras duas individuais do artista: let’s play (Galeria Casa Triângulo, 2008) e incessante – incurável (Galeria Millan, 2011). Enquanto na primeira a abordagem recaiu sobre implicações decorrentes da inscrição do artista e da obra de arte no espaço expositivo, na segunda, Rubens Mano se debruçou sobre distintos aspectos definidores da superfície visível do universo artístico. Agora, o artista expande a investigação para os processos de apropriação de territórios e suas implicações e expressões na constituição de espaços. Como ele próprio diz: “É no território do instável que se moldam as formas do aparentemente estável”.

A individual ocupa todo o espaço da Galeria Millan. No andar térreo, além de fotografias (como as da série natureza privada) e objetos, o artista exibe uma instalação na área externa, que recebe o mesmo título da exposição. O andar superior será ocupado por fotografias e também um vídeo, intitulado análise de sistemas.

Em contrato social, Rubens Mano explora certas complexidades constitutivas do espaço e como estas se desdobram em múltiplas dimensões da vida privada e pública, individual e coletiva, natural e cultural.