A Monitor Lisbon tem o prazer de anunciar a sua próxima exposição, The Lobster Loop com obras de Tomaso de Luca, André Romão e Andreia Santana, que inaugurará a 29 de setembro e ficará patente até 18 de novembro de 2017. A exposição irá apresentar trabalhos inéditos dos três artistas.

O convite foi proposto tendo em conta o terreno comum dos três artistas, que frequentemente lidam com práticas escultóricas provenientes de uma investigação sobre aspectos das ciências humanas, mais precisamente, os seus sistemas económicos, culturais e políticos num contexto artístico contemporâneo.

Partindo de uma troca de e-mails entre os artistas, The Lobster Loop constrói- se narrativamente como um bar pós-apocalíptico situado num futuro distópico.

Neste futuro ficcional, os artistas desenvolvem uma prática "em contexto" na qual as obras se inscrevem como potenciais artefactos, ferramentas e memorabilia. The Lobster Loop existe numa realidade paralela, na qual, o tempo, a genética, o género, a política e a economia se dissolvem.

Tomaso de Luca (Verona, 1988) interessa-se na análise crítica das estruturas políticas em que os materiais estão incorporados. As suas esculturas, desenhos e arquiteturas disfuncionais destroem e recompõem a realidade, reduzindo-os aos seus elementos constitutivos, que são então, reconfiguradas numa nova e inesperada ordem. A sua pesquisa concentra-se nas relações entre o corpo com os espaços arquitectónicos, objetos e os seus materiais específicos. Esses materiais, presentes nas suas obras, emergem como personificação de uma questão política, que é sexualizada, racializada, erotizada e profundamente incorporada em estruturas de poder. Quanto a André Romão (Lisboa, 1984), o seu interesse revolve os conflitos do corpo com o natural e o histórico, pensando em torno da violência sistémica e sua possível resistência poética. Na sua prática artística, os aspectos humanos escondidos nos sistemas culturais de produção, exploram o confronto entre macro e microestruturas na sociedade contemporânea. Andreia Santana (Lisboa, 1991), aborda a produção contemporânea de cultura material através da lente devárias ciências sociais, como a arqueologia. Estabelecendo uma relação entre a prática artística, a produção industrial e ciências sociais, que analisam e perpetuam a existência dos objetos, levantam-se problemáticas em questões como o mercado laboral, manualidade, conservação, sistemas culturais e património. A exposição irá também apresentar um texto de Sofia Lemos, inspirado pela correspondência entre os artistas, baseado em metodologias contra- historiográficas e de escrita histórica especulativa.

Esta exposição revelará as principais intenções do Monitor em Lisboa, tendo uma abordagem experimental e fresca, investindo em práticas artísticas jovens e estabelecendo conexões entre as cenas artísticas de Roma e Lisboa.