White Cube tem o prazer de apresentar a primeira exposição individual no Brasil do artista alemão Magnus Plessen, exibindo uma seleção de seis novas pinturas e uma coleção de trabalhos em papel.

Plessen é conhecido por pinturas que alternam entre figuração e abstração. Em seu novo conjunto de trabalhos, ele desenvolve uma linguagem visual singular, combinando motivos figurativos familiares, como pés, cabeças e mãos, com passagens composicionais mais abstratas. A construção das pinturas se dá pelo acréscimo ou remoção de camadas de tinta para revelar áreas de forma compacta e espaço negativo. Plessen desestabiliza a posição fixa do observador por meio de forças contraditórias, que jogam com a imagem. Em Ladder (Escada, 2013), por exemplo, o tema central, a sugestão de pés e mãos que se movem para cima e para baixo, está rodeado por um conjunto de objetos em queda, cuja disposição implica uma força gravitacional que trabalha em direções opostas.

Uma avassaladora intensidade de luz é transmitida em várias dessas pinturas. O tema em Head (Cabeça, 2013) paira entre forma estática e sólida e encarnação luminescente, com faixas radiantes de cor e luz que emanam de um fundo escuro. Plessen considera isso um meio de olhar para trás e visualizar, no sentido biológico, a evolução do corpo humano desde suas origens gasosas até os compostos sólidos – o corpo ‘completo’, como atualmente conhecemos. Para Plessen, esses dois estados encontram-se em paralelo, e não em pólos opostos de uma evolução linear.

No trabalho de Plessen, a representação da figura é sugerida – em vez de evidenciada – por um atalho visual distinto. Partes do corpo aparecem desconectadas, no sentido convencional do termo, do todo e ainda tornam-se intrínsecas e unificadas por meio de temas e cor. A distancia, uma fonte de luz deslumbrante predomina sobre a obra Narcissus (2013), baseada no célebre mito grego do jovem que se apaixona pelo próprio reflexo. Ao nos aproximarmos, entretanto, o reflexo emerge como um rosto similar a uma máscara, flutuando a partir de profundezas insondáveis.

Figuras entrelaçadas aparecem em Untitled (Sem título, 2013). Espaço interno e externo são projetados por meio da cor translúcida e opaca, de espaço negativo e positivo e pela fluidez da linha. Mais uma vez, elementos como torsos ou membros parecem familiares; no entanto, conduzem o observador a um território desconhecido, cuja ligação origina-se não da carne, mas do líquido, deliquescente e leve. No novo conjunto de trabalhos em papel de Plessen, as formas e temas sensuais da pintura continuam a ser desenvolvidos em linhas fluidas e fugazes.

Magnus Plessen nasceu em 1967, em Hamburgo, e vive com a mulher e três filhos em Berlin. Exposições individuais incluem Art Institute of Chicago (2005); Espace 315, Centre Pompidou, Paris (2004); K 21, Düsseldorf (2002); e PS1, Nova Iorque (2002). Participou de inúmeras exposições coletivas internacionais, tais como ‘Images in Painting’, Museu Serralves, Porto (2007); ‘Imagination Becomes Reality’, Sammlung Goetz, Munique (2006); e da Bienal de Veneza (2003).

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