O Corpo Xerocado:

– utilizar o CORPO como matriz, a partir da criação de uma relação especial de trabalhar no contato físico entre ideia e o processo mecânico; debruçando-me e deitando-me por inteiro sobre o visor da XEROX, compondo assim formas/texturas. o XEROX recria o CORPO de maneira própria, destruindo detalhes e valorizando outros, resultando imagens que se aproximam da abstração, num exercício de leitura/visão.

– o CORPO (meu/masculino) contido no espaço de uma cópia XEROX, transforma-se em módulo que se justapõe ou sobrepõe numa sequência.

– a experimentação contínua dos valores oferecidos pelo processo XEROGRÁFICO, definirão os valores individuais de cada proposta. entender os limites impostos pela máquina e ampliar seus recursos, dominar estes limites, invertendo assim as relações, fazendo com que a máquina seja veículo e co-autora deste trabalho.

Ou Ainda, O Corpo sempre como princípio, collage, mail art, xerox.

O Corpo Fotografado:

– a transposição da mídia, utilizando sempre a mesma matriz, o CORPO (meu/masculino), esgotando cada vez mais o assunto.

– a(s) diferença(s) particular(es) de cada máquina; a textura e a diagramação própria do mídia xerográfico em contraposição à imagem da FOTOGRAFIA.

– o CORPO contido no espaço de cada fotograma, focalizado no visor de uma máquina comum e sem a apropriação de maiores recursos/efeitos especiais, transforma-se em módulo que se justapõe ou sobrepõe numa sequência.

– o retrato é auto-retrato; me FOTOGRAFAR procurando-me através do visor, não utilizando de outros recursos, tais como espelhos; me procurar, me enquadrar e “bater” a chapa; até onde meu olho, através desse visor mecânico, consegue me ver; me fragmentar, dividir as partes do corpo, divisão esta ainda em contraponto com a forma de divisão da xerografia, e ainda, depois da foto, copia-la pela xerox, e assim contrapor as diferentes cópias; meu CORPO transmutado.