Instrumento utilizado para registrar simultaneamente a temperatura e a umidade relativa do ar, o termohigrógrafo é comumente usado em museus e espaços expositivos para medir a umidade do ar, como forma de controlar o desgaste natural decorrente das variações climáticas sobre pinturas, papéis ou esculturas. Por meio de um sistema que conta com um relógio, sensores mecânicos e canetas, a máquina gera um gráfico, em papel, para cada ciclo de vinte quatro horas.

Temperatura e umidade são propriedades de um fenômeno e podem ser expressas quantitativamente. Em “O Informante”, Henrique Cesar emprega o termohigrógrafo como ferramenta de materialização do invisível e do impalpável. Durante os 26 dias de apresentação da instalação, na sala 2 da Vermelho, as informações transcritas pelo termohigrógrafo sobre folhas de papel quadriculado, serão apresentadas lado a lado sobre as paredes do espaço expositivo, criando um grande gráfico.

A cada troca de tabela gráfca, o artista intervén no relatório da máquina com desenhos e anotações, apontando condições que possam ter contribuido para o resultado da leitura.

Tornando as condições e circunstâncias atmosféricas do ambiente visíveis, “O informante” pretende revelar a massa invisível do espaço expositivo, transformando-a em trabalho.