2020 foi o ano de muitos exercícios e de (re)conexão com o sentido da vida.

Foi uma chuva de incertezas a marca do ano 2020. Fizemos muitos exercícios com as mãos mediante rotina de convivências referente às demandas do lar. Nos abastecemos de álcool em gel e o distanciamento social ditou o cronômetro dos nossos passos. Tudo muito novo, mas tudo de novo, foram lemas para seguirmos com os exercícios. Colocar a máscara foi fundamental, foi um ato de continência. Para nos livrarmos do covid-19 não faltaram tarefas. Como nos filmes de ficção científica vivenciamos uma atmosfera "alienígena" de destruição da humanidade.

Espantoso, indigno e inconsequente é o que esse vírus vem causando. Fez uma reviravolta na educação, na revelação da construção de novas propostas pedagógicas. A educação viu que as aulas virtuais não dão conta da aprendizagem, mas que, são uma realidade. Foi difícil para os que já mantinham um padrão de solidariedade, e mesmo assim , continuaram a fazer caridade e os que nunca fizeram, passaram a refletir sobre o referido fenômeno. Toda humanidade ficou de luto para uma (re)conexão com o sentido da vida.

Foi o ano para pensarmos em tudo que adiamos em relação a nossa espiritualidade.

Quais os valores que damos e queremos para nossa vida?

Não foi fácil refletir sobre o nosso conhecimento interior. Nesse cenário de pânico a filosofia surge para apaziguar nossas indagações.

Foi um ano de muitas, muitas histórias.

Caminhamos como um Herói Cotidiano, que segundo Délia Steinberg Guzmán Por que os sentimentos se desgastam?

Aprendemos com Aristóteles que

O bem próprio do homem é a atividade da alma dirigida pela virtude. E se há muitas virtudes, a alma deve ser dirigida pela mais elevada e perfeita de todas.

Mesmo assim, foi difícil exercitarmos nossas virtudes no referido ano. Com tudo isso, celebraremos o Natal que traz a ternura do Nascimento de Jesus Cristo.

Seguiremos, avante, doando o nosso melhor. Acreditando no bem e no amor. Porque "não há charme igual a ternura do coração" nas palavras de Jane Austen. Sabem por que? Porque "toda felicidade é inocência" para Marguerite Yourcenar. Isso tudo, "às vezes a razão precisa de mais tempo para aceitar o que o coração já sabe" nas palavras de Alexandre Jodorowsky.

Então, neste Natal vamos celebrar a (Re)conexão com o nossa alma. Nossa vida interior é tão rica de sentimentos. E é por isso "que amor está no mundo para esquecer o mundo" (Paul Éluard).

Brindemos o sentido da vida!

Feliz Natal e um próspero 2021.

Saúde e amor!