Patente na Fundação Calouste Gulbenkian até 29 de Abril, a exposição Fernando Pessoa - Plural como o Universo convida os visitantes a conhecerem a sua vida e a sua obra, ou a vida-obra daquele grande e universal poeta e escritor português.

A exposição é uma realização da Fundação Roberto Marinho, com patrocínio da Rede Globo, do Itaú, do Banco Caixa Geral - Brasil e da Fundação Calouste Gulbenkian; apoio do Consulado Geral de Portugal em São Paulo, da Casa Fernando Pessoa em Lisboa, do Centro Cultural dos Correios do Rio de Janeiro, do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, e do Ministério da Cultura do Brasil, e produção da Fazer Arte.

Com curadoria do brasileiro Carlos Felipe Moisé e do português Richard Zenith, a exposição no Brasil atraiu ao Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, onde foi inaugurada em 2010, e ao Centro Cultural Correios no Rio de Janeiro, onde esteve patente em 2011, mais de 300 mil pessoas (dados da Fundação Roberto Marinho).

Chegada agora à cidade natal de Fernando Pessoa, esta exposição permite ao visitante já conhecedor da obra do poeta, ou que nela o descobre, um percurso de conhecimento conduzido pelos sentidos: nela se pode ler, ver, sentir e ouvir o universo das palavras de Fernando Pessoa, como expressa o convite da apresentação oficial da exposição:

«Conhecer o autor da frase "Minha pátria é a língua portuguesa" é preciso. Por isso, ao celebrar a sua obra, reconhecida mundialmente apenas após a sua morte, a exposição pretende levar a novos e velhos leitores portugueses a multifacetada personalidade do poeta. Solitário, com vida modesta, Pessoa despiu a sua alma para criar várias outras, nas formas dos seus diversos heterónimos e personagens literários, antevendo, ainda no século XIX e no início do século XX, a sociedade fragmentada em que vivemos hoje» (Fundação Roberto Marinho)

“Fernando Pessoa ele-mesmo”, e os seus heterónimos, nas suas próprias palavras, “uma pequena humanidade só minha”, podem ser descobertos “caminhando por Lisboa” na primeira sala da exposição: poemas ou escritos de Fernando Pessoa, de Ricardo Reis, de Alberto Caeiro, de Álvaro de Campos, de Bernardo Soares, e de “outros que era”, podem ser lidos ou relidos, em compartimentos semi-isolados, e ao ritmo de cada visitante. O visitante encontrará um espaço dedicado à cronologia da vida-obra de Fernando Pessoa, onde se assinalam as datas da sua vida e da dos seus heterónimos; e espaços de luz e sombra, labirintos onde se encontram, iluminados, pensamentos, frases, poemas do autor, além de várias pinturas, entre as quais o Retrato de Fernando Pessoa de Almada Negreiros. Na última sala estão expostos documentos originais – escritos, cartas astrológicas, notas pessoais, raridades como a primeira edição do livro Mensagem – ou objectos simbólicos como a arca onde foram “descobertos”, após a morte do poeta, 25 mil originais até então desconhecidos. O visitante tem por fim à disposição um espaço de leitura com exemplares das suas obras em português e noutras línguas, e, através de filmes e gravações, através de imagens e de sons, veículos do sentir, do pensar, e das mensagens do poeta, construir o seu próprio percurso na exposição, um percurso de autoconhecimento e conhecimento do mundo, como convida, a todos, a obra de Fernando Pessoa.

Fundação Calouste Gulbenkian
Avenida de Berna 45 A
Lisboa 1067-001 Portugal
Tel. +351 21 7823554

Horário de funcionamento: Terça-feira a Domingo, das 10h às 18h

Encerra segunda-feira e Domingo de Páscoa

Entrada: €4 (consultar descontos), com visita guiada €5 (consultar horários)