No Piso 2, ilustra-se como foram muitos e diversificados os modos de organização da resistência antifascista. Do plano individual ao coletivo, em diferentes contextos sociais, políticos e ideológicos, milhares de homens e mulheres dedicaram a sua vida ao combate contra o regime instalado em Portugal.

De modo sucinto, resume-se o funcionamento conjugado do poder policial e judicial da ditadura, mostrando as suas diferentes etapas a partir do momento em que alguém era detido.

Os processos de identificação dos presos, a natureza dos interrogatórios, geralmente violentos e de grande pressão psicológica e a utilização sistemática da tortura são outros temas abordados, mostrando-se igualmente a complexa teia de prisões e campos de concentração instalados nas diferentes colónias, para onde era frequente a deportação arbitrária dos presos.

A resistência dos homens e mulheres encarcerados sempre se exprimiu através de mil e uma maneiras, designadamente pela sua organização clandestina e pela preparação de fugas, individuais ou coletivas.

Finalmente recorda-se neste piso o isolamento prolongado em celas disciplinares ou, como foi o caso na Cadeia do Aljube, em celas de dimensões mínimas (os curros ou gavetas), que foi uma das práticas de tortura mais usada pela polícia política, tendo em vista destruir a capacidade de resistência dos presos.