O mundo corporativo para as mulheres está cada vez mais desafiador. Baixos salários, pouco espaço, pouco reconhecimento e preconceito são os caminhos que muitas de nós, mulheres, enfrentamos ao longo de nossas carreiras (e na vida). Em contrapartida, o olhar do mundo sobre o papel da mulher mudou. Existem várias discussões a respeito e hoje em dia, nós podemos tudo!

Mas e no mundo da tecnologia, como estão as mulheres? O gênero feminino domina somente 20% dos cargos em empresas de tecnologia, segundo o IBGE. Porém, isso promete mudar. Isso porque a participação feminina na área da tecnologia já é histórica. Temos exemplos de mulheres que foram cruciais para o posicionamento feminino no mundo tecnológico. Ada Lovelace foi a primeira programadora do mundo.

Como toda mulher à frente de seu tempo, Ada também teve alguns desafios que começaram dentro de casa mesmo antes de ser reconhecida. Por influência da mãe, ela começou desde cedo a buscar conhecimento nas áreas da ciência, matemática, engenharia e tecnologia. Ela entendeu que podia se destacar e trabalhar suas ideias buscando estar sempre ao lado dos grandes cientistas da época e, ao mesmo tempo, driblando qualquer comparação com o universo masculino criando o seu próprio espaço.

Ao longo do tempo, mesmo diante das adversidades, a participação das mulheres subiu 60% nos últimos 5 anos, de acordo com uma pesquisa feita pelo Caged. No entanto, ainda temos dificuldades de impulsionar ainda mais esse cenário. Você consegue enxergar o que pode ser feito para que esses dados aumentem? Entender quais são os obstáculos que separam a mulher do sucesso no mundo tecnológico é fundamental para darmos os próximos passos.

E de cara, é bom deixar claro que a primeira barreira a ser vencida para as mulheres conquistarem seus postos em áreas de tecnologia é a educação. É preciso que profissionais do gênero feminino desenvolvam, desde cedo, um conhecimento sobre tecnologia para combater a disparidade salarial, a baixa representatividade, a falta de reconhecimento, entre outros desafios.

O incentivo à formação feminina tem sido a base para abertura de caminhos para as mulheres trabalharem com tecnologia. Diante disso, a tendência é o refinamento e aprimoramento digital. E mesmo quando conseguem adentrar em alguma oportunidade em tecnologia, as mulheres se deparam com a falta de preparo de seus próprios colegas e, até mesmo, de alguns professores. Muitos acostumados com a presença masculina no ambiente da tecnologia.

Ainda assim, o movimento por essa inclusão tem crescido muito, principalmente entre as empresas, que estão revendo suas políticas externas e buscando criar uma cultura organizacional mais impulsionadora, segura e estimulante para as mulheres. Na prática, a adoção à inclusão de mulheres na tecnologia tem sido por meio de palestras, eventos, projetos, parcerias etc.

Para as mulheres que pretendem investir em uma formação voltada para tecnologia, a programação serve para aquelas que se veem atraídas por dados e elaboração de códigos. Já para as que buscam o poder da inovação e a implementação com o mundo das organizações, o aprofundamento de metodologia ágil é o ideal. Há espaço para um trajeto voltado para liderança, na qual serão necessárias as habilidades de comando de grupos e equipes, sendo assim, uma área promissora.

Se tem algo que ninguém tira do mundo digital é a possibilidade de um universo mais democrático, no qual o acesso não tem cor, credo, faixa etária nem gênero. Ou seja, trabalhar com tecnologia serve para todos. Mulheres e homens são extremamente capazes de dividir esse cenário que vem crescendo cada vez mais. A união faz a força e esse artigo é um convite a você, mulher, que deseja se aventurar no mundo da tecnologia e, claro, ter essa área como profissão.