Uma das primeiras pessoas a olhar para os flocos de neve um olhar científico foi o matemático alemão Johannes Kepler. Cientista excepcional, ele queria presentear seu amigo Baron Wackher von Wackhenfels com um exemplar desta estrutura, mas como derretia, resolveu pensar matematicamente o floco de neve. O resultado foi o folheto intitulado Strena Seu de Nive Sexangula (“Um Presente de Ano Novo de Neve Hexagonal”). Neste tratado, notou que todos os flocos de neve têm seis pontas, definindo a simetria hexagonal deles, o que serviu de base para outros estudos.

As primeiras imagens reais da neve foram obra do fotógrafo americano Wilson Bentley. Em pleno século 19, convenceu seus pais a presenteá-lo com uma câmera fotográfica, artigo raro e bastante caro à época. Com a ajuda de um microscópio conseguiu captar imagens que encantaram o mundo e que comprovaram aquilo que Kepler tinha dito em 1611: os flocos têm simetria hexagonal.

Mas o trabalho de Bentley não foi dos mais fáceis. Além da tecnologia incipiente, percebeu que ao cair no chão as pontas se quebravam. Segundo ele, para fotografar um floco de neve bonito e perfeito são necessários ver cerca de outros mil. Imagine a paciência e dedicação dele para registrar as diferentes formas desta estrutura?

Devemos a Bentley o fato das imagens de flocos de neve se tornarem símbolos do Natal e do frio em todo o mundo!

Como mencionamos anteriormente, cada floco de neve será único e exclusivo, porém, é possível estabelecer uma medida geral dos flocos de neve que teria em torno de um diâmetro de entre oito e dez centímetros. Na verdade, dependendo da temperatura podemos deduzir a forma ou o tamanho dos flocos.

Em temperaturas extremamente baixas, os flocos costumam ser colunares. Se o calor aumentar um pouco, aparecerão os chamados dendritos e, a uma temperatura de -10 graus Celsius, serão produzidos os chamados flocos em forma de placa. Se aumentarmos a temperatura em quatro graus, eles se transformarão em colunas ocas, enquanto a -4 graus Celsius encontraremos os formatos peculiares de agulhas. Finalmente, com temperatura zero é quando as formas mais incríveis são produzidas, os hexágonos.

Igualmente incríveis são estes poemas inspirados nos flocos de neve:

Eu amo o seu amor, independente do mal que me faça.

Porque o seu amor é tão frio quanto o fogo;
Tão belo quanto o mar;
Tão puro quanto a neve;
Tão real quanto meu.

Seu amor é tão gélido que queima,
Tão doce que amarga,
Tão puro que instiga,
Tão verdadeiro que emociona.

Seu amor é como um floco de neve,
mesmo sendo frio, nos aquece por dentro,
mesmo sendo passageiro, fica na memória,
mesmo sendo pequeno, tem um efeito enorme,
mesmo sendo branco, colore nossos dias.

Você é tão branco quanto um floco de neve,
pois assim como ele, tudo tem dentro de você
e nada ao mesmo tempo.

O branco representa a paz
representa a calma
representa o espírito
e representa a pureza.

Mas seu branco é único

Ele representa tudo

Pois é no branco que podemos adicionar todas as cores.

Sabe porque minha cor preferida é o branco?
Porque diferente do azul que só será azul,
do vermelho que só será vermelho,
do amarelo que só será amarelo,
ou do preto que só será o preto,
O branco pode ser o branco, mas também pode ser azul. Ou vermelho. Ou amarelo. Ou preto.

O branco pode ser o que quiser. Pois o branco é vazio e instigante.
O branco pode te mostrar nada e tudo
A esperança ou o desespero,
A pureza ou a indiferença,
A Frieza ou a ternura,
O amor ou a solidão.

E assim como o branco, seu amor pode demonstrar tudo isso em questão de segundos. Seu amor é branco. Seu amor é Frio. Seu amor é Rápido. Seu amor é gélido. Seu amor é cálido. Seu amor é puro. Seu amor é escorregadio. Mas acima de tudo, ele é perfeito.

Como um floco de neve.

(Shiroyama Uruki)

No inverno são os flocos de neve
Na primavera as gotas de chuva
No verão as pétalas das flores
No outono as folhas
Todas caem no momento certo...
Como algo natural assim foi a sua chegada na minha vida.

(Salatiel Fornos)