A cena clubber em Nova Iorque durante as décadas de 1980 e 1990 era algo sem precedentes. Uma nova geração de frequentadores de clubes surgiu, buscando escapar das duras realidades da vida cotidiana através da música, dança e um senso de comunidade.

Um dos personagens mais infames dessa época foi Michael Alig, o tema do filme Party Monster de 2003. Através de sua representação da ascensão de Alig à infâmia, o filme captura a identidade singular da cena clubber nos anos 80 e 90 em Nova Iorque.

Party Monster é baseado na história real de Michael Alig, um promotor de clubes e organizador de festas que se tornou famoso na cena de clubes de Nova Iorque durante o final dos anos 80 e início dos anos 90.

As festas de Alig eram notórias por seu excesso e extravagância, com temas que variavam do absurdo ao grotesco. Uma de suas festas mais famosas foi a festa Disco 2000, que contou com um cavalo ao vivo e uma crucificação simulada. Mas à medida que as festas de Alig se tornavam mais extravagantes, seu comportamento também se tornava mais questionável. Em 1996, ele foi preso pelo assassinato do frequentador de clubes Andre "Angel" Melendez.

O filme Party Monster explora a ascensão e queda de Michael Alig, bem como a cena clubber mais ampla em Nova Iorque durante a época. Através de sua representação das festas e das pessoas que as frequentavam.

Uma das características definidoras da cena clubber durante essa época era sua ênfase na individualidade e autoexpressão. Os frequentadores de clubes dessa época muitas vezes eram marginalizados ou rejeitados pela sociedade em geral, e a cena clubber fornecia um espaço onde eles podiam se expressar livremente. A moda da época era um reflexo dessa ênfase na individualidade, com os frequentadores de clubes muitas vezes vestindo roupas extravagantes e ultrajantes que teriam sido consideradas tabu em outros contextos.

Mas a cena clubber nos anos 80 e 90 em Nova Iorque não se tratava apenas de autoexpressão. Também se tratava de comunidade. Para muitos frequentadores de clubes, a cena clubber fornecia um senso de pertencimento e aceitação que eles não conseguiam encontrar em outro lugar.

Os clubes em si muitas vezes estavam localizados em áreas consideradas perigosas ou indesejáveis, e as pessoas que os frequentavam muitas vezes eram de comunidades marginalizadas. Mas dentro das paredes do clube, eles encontravam um senso de parentesco e camaradagem que transcendia suas diferenças. Party Monster captura esse senso de comunidade através de sua representação das amizades e relacionamentos que se desenvolveram dentro da cena clubber.

Os personagens do filme são unidos pelo amor compartilhado pela música e dança, e sua lealdade uns aos outros é palpável.

Party Monster oferece um vislumbre fascinante da cena clubber em Nova Iorque nos anos 80 e 90, através da história de Michael Alig. O filme retrata não apenas as festas extravagantes e o comportamento questionável de Alig, mas também a ênfase na individualidade e autoexpressão que caracterizava a cena clubber, bem como o senso de comunidade que os frequentadores de clubes encontravam uns nos outros. A cena clubber de Nova Iorque pode ter sido única e efêmera, mas Party Monster nos oferece uma janela para esse mundo vibrante e emocionante.

Se você se interessa pela cultura clubber, moda subversiva e pelos movimentos LGBTQIAPN+, o filme Party Monster é uma obra que certamente irá te cativar. Além de trazer uma narrativa envolvente e personagens fascinantes, ele nos convida a refletir sobre a importância da liberdade de expressão e da autenticidade na construção de identidades e comunidades. Por meio de suas cenas impactantes e momentos que retratam a contracultura dos Club Kids, o filme nos instiga a questionar as normas sociais e a explorar novas formas de criatividade. Mergulhe em um mundo vibrante e provocativo, onde a moda e a cultura se fundem em uma celebração única de individualidade e resistência.