O maior dom concebido por Deus à humanidade é a própria vida! E nesse contexto, o ser humano costuma complicar. A vida é simples, ao menos deveria ser, mas o que vemos é uma grande confusão mental.

A busca incessante por bens materiais, cliques nas redes sociais e mostras de poder, costuma ser uma enorme dor de cabeça. Viver é compartilhar amores, aventuras, alegrias, tristezas… Deus, como é maravilhoso viver! Olhe à sua volta. Quanta beleza, quantas cores, quantas novidades todos os dias.

Coisas amenas como agradecimentos pela manhã, cumprimentos singelos, abraços esquecidos, olhares despercebidos, pessoas que passaram sem que estendêssemos as mãos… tudo é tão generosamente simples!

Nosso cérebro comanda tudo! O sistema límbico, também conhecido como cérebro emocional, é um conjunto de estruturas localizado no cérebro de mamíferos, abaixo do córtex e responsável por todas as respostas emocionais. A linha tênue entre o medo e a razão é o grande desafio, a grande pergunta da humanidade. Decerto existem pessoas que detém medo da própria felicidade! Isso se justifica uma vez que não foram programadas para acreditar no merecimento. Muitas das vezes crêem que felicidade na vida pode acarretar sofrimento. Nada mais angustiante do que essa sensação!

É quase impossível não sentir medo! Quando pensamos no medo, outras emoções precisam ser analisadas e estudadas para que ele seja desmascarado. Ansiedade, angústia, fobia, pânico, apreensão, tensão e vergonha, entre outras, podem nos ajudar a interpretar o medo. Coragem, autoeficácia e autoconfiança também são sentimentos que podem ajudar, não só na compreensão do medo, mas, inclusive, a aprender a lidar com tal emoção.

Quando criança, aos oito anos, fui acometido por problemas cardíacos. Entre idas e vindas ao hospital, foram três anos de internações. Anos 70, a medicina dando seus primeiros passos em direção ao futuro e eu, como cobaia, rodeado de médicos e estagiários.

Quando percebi que não tinha outra alternativa que não fosse lutar pela vida, comecei um processo de fortalecimento da fé. Com o amparo de pessoas especiais ao meu lado, tracei, sem saber, um caminho de coragem plena. Era viver ou morrer a minha opção. Para minha surpresa, a coragem conseguiu superar o medo.

Lutar pela sobrevivência é um caminho intrínseco que nos move para cima. O medo, coadjuvante da história, não fora abatido, mas, sofrera um duro golpe do destino. Quando precisamos encará-lo, ele se torna mais frágil e pode até mesmo ser vencido!

Uma pequena palavra, mas que nos move inteiramente. O medo aterroriza, mas geralmente é possível aprender com essa relação. Acreditar que podemos ser felizes sem medo é o primeiro passo para uma boa convivência.

O medo é um sentimento angustiante, indecifrável, uma emoção comum e é sentida por todas as pessoas, em diferentes momentos da vida. Existem dois tipos de medo: o medo real, que nos protege do perigo, e o medo irreal, aquele que nossa mente cria e que nos impede de crescer, pessoal e profissionalmente.

Então, não devemos sentir medo? Não é bem assim! O medo é necessário para a sobrevivência humana, ou seja, não é saudável fugir dele. No entanto, ele pode se tornar debilitante quando passa a governar nossa vida.

É preciso que tenhamos uma balança emocional para que ele possa ser dosado e devidamente equilibrado, preservando nossa saúde mental.